Restos do animal foram descobertos pela primeira vez há mais de 30 anos em Alberta, no Canadá. Fóssil de um osso de pescoço de um Cryodrakon boreas adulto, uma espécie recém-descoberta de pterossauro
David Hone/Queen Mary University of London/AFP
Cientistas revelaram nesta terça-feira (11) uma nova espécie de pterossauro, os répteis do tamanho de aviões que dominavam os céus primitivos acima do T-rex, do tricerátopo e de outros dinossauros do final do Cretáceo.
Com uma envergadura de 10 metros e pesando 250 quilos, o Cryodrakon boreas rivaliza com outro pterossauro como o maior animal voador de todos os tempos, relataram pesquisadores no “Journal of Vertebrate Paleontology”.
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“Esta é uma descoberta interessante”, disse David Hone, principal autor do estudo e pesquisador da Queen Mary University, em Londres. “É ótimo que possamos identificar o Cryodrakon como sendo distinto do Quetzalcoatlus”, o outro pterossauro gigante com o qual foi inicialmente confundido, disse em um comunicado.
Os restos do C. boreas foram descobertos pela primeira vez há mais de 30 anos em Alberta, no Canadá, mas provocaram pouca empolgação por causa da classificação incorreta.
O fóssil descoberto mostra nova espécie de pterossauro, Cryodrakon boreas, que dominava o céu da América do Norte há cerca de 75 milhões de anos.
Divulgação/David Maas
Mas uma análise mais atenta dos restos fósseis de um espécime jovem e do osso do pescoço gigante intacto de um exemplar adulto não deixou dúvidas de que uma nova espécie tinha sido descoberta.
Como outros répteis alados que viveram na mesma época, cerca de 77 milhões de anos atrás, o C. boreas era carnívoro e provavelmente se alimentava de lagartos, pequenos mamíferos e até mesmo de dinossauros bebês.
Cryodrakon boreas compete com outro pterossauro como o maior animal voador de todos os tempos, de acordo com o estudo publicado na revista “Journal of Vertebrate Paleontology”
David Maas/AFP/Queen Mary University of London
Apesar da provável capacidade de atravessar grandes corpos de água, a localização dos restos fósseis e as características do animal apontam para um habitat interior, disse Hone.
Existem mais de 100 espécies conhecidas de pterossauro.
Apesar de seu grande tamanho e ampla distribuição – na América do Norte e do Sul, Ásia, África e Europa – apenas restos fragmentários foram desenterrados, tornando a nova descoberta especialmente importante.